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Archive for the ‘Entrevistas "Bate-Bola"’ Category

Bate-Bola com Maurício Noriega

taceesp_13Maurício Noriega, jornalista esportivo brasileiro, formado na Universidade Casper Líbero, São Paulo. Teve importantes passagens em veículos de imprensa como Folha da Tarde, A Gazeta Esportiva, Diário Popular, SportsJá, O LANCE! E Rádio Bandeirantes. Por três vezes consecutivas foi ganhador do prêmio Ford/Aceesp como melhor comentarista esportivo do país. Atualmente trabalha nos canais SPORTV e PFC além do Bom dia São Paulo, da TV Globo. Também é escritor.

 

BLOG ESQ. INT.: Bom dia Maurício, você atribui à sua base na mídia impressa um fator essencial para ter se dado bem na TV? Até que ponto ter trabalhado em jornais e rádio contribuiu para seu futuro ingresso na mídia televisiva?

MAURÍCIO NORIEGA: Sem dúvida. O jornal é fundamental para formar um bom jornalista, é o berço de tudo. Claro que há bons jornalistas que nunca trabalharam em jornal, mas o Jornalismo começou no impresso, é o berço.

BLOG ESQ. INT.: O fato de seu pai, Luiz Noriega, ter sido narrador o influenciou na hora da escolha pelo jornalismo? Qual foi o maior aprendizado que teve com ele?

MAURÍCIO NORIEGA: Sempre aprendi muito com meu pai, aprendo até hoje. Talvez por ter ido com ele, desde muito cedo, a vários eventos esportivos, eu tenha aprendido a gostar de esporte, fui atleta, então isso teve um impacto decisivo. Como jornalista meu pai é um mestre para mim, tem o total domínio da profissão em todas as suas nuances.

 BLOG ESQ. INT.: Você é escritor, editor, apresentador, comentarista. Nunca pensou em seguir os passos de seu pai, narrando eventos esportivos? Teria vontade?

MAURÍCIO NORIEGA: Até tive vontade, mas não tenho talento. Narradores são gênios, são artistas. É preciso ser muito, muito corajoso e muito bom para narrar um evento esportivo. Fora isso, não tenho a voz maravilhosa que meu pai tem. Mas um dia gostaria de gravar uma fita de uma narração minha para ver como fica. Tenho medo do resultado. rsrsr

 BLOG ESQ. INT.: A vida de repórter e comentarista é um corre-corre e tanto. Sobra tempo para família e lazer? E quando bate aquela saudade de casa?

MAURÍCIO NORIEGA: Sobra bem menos do que eu gostaria que sobrasse. É muito difícil para quem, como eu, tem filhos pequenos. A saudade de casa é diária, permanente. É preciso aproveitar cada segundo e muitas vezes eu penso se realmente vale a pena. Por enquanto está valendo.

 BLOG ESQ. INT.: Em sua opinião, o futebol brasileiro hoje é mal aproveitado, financeiramente falando? Uma imitação aos moldes do futebol europeu seria a melhor saída?

MAURÍCIO NORIEGA: É muitíssimo mal administrado em todos os níveis, com raríssimas exceções. O Brasil tem que encontrar o seu modelo, não adianta copiar a Europa. Somos um País com características muito diferentes das dos países europeus. Inclusive acho uma grande besteira adequar nosso calendário ao europeu. São hemisférios diferentes, climas diferentes. O futebol faz parte do dia-a-dia do País, não pode funcionar no relógio europeu. Temos que fazer um futebol para o Brasil, não imitar os europeus.

BLOG ESQ. INT.: Qual seu time de coração Maurício? O que você acha de jornalistas clubistas?

MAURÍCIO NORIEGA: Quando se está trabalhando só se tem um time do coração: o da emissora. Quem é profissional de verdade age assim. Torcer por um time não tem problema, só não se pode torcer quando se está trabalhando. Não posso afirmar que alguém faça isso, mas cada um tem seu estilo. Hoje há muito mais entretenimento que Jornalismo.

BLOG ESQ. INT.: Maurício, o Blog do Esquadrão Interativo agradece sua atenção!

MAURÍCIO NORIEGA: Muito obrigado pela oportunidade, Rodrigo. Abraços a todos.

Bate-Bola com André Kfouri

50723969-3ddb-3f36-851c-52d9c1158d6eAndré Kfouri, jornalista esportivo desde 1993. Começou sua carreira na Rádio Jovem Pan e logo depois foi contratado pelos canais ESPN. Já cobriu 3 Olimpíadas, 2 Copas do Mundo, 4 edições do All Star Game da NBA, 2 Super Bowl da NFL e ainda uma final de Champions League. Atualmente é apresentador do Sports Center, programa diário de esportes da ESPN BRASIL, repórter de campo e também tem uma coluna no diário O LANCE! É filho do consagrado jornalista esportivo brasileiro, Juca Kfouri.

BLOG ESQ. INT.: Bom dia André, como é ser filho de um dos maiores jornalistas esportivos do país? Você se espelha nele em quais aspectos?

ANDRÉ KFOURI: É motivo de muito orgulho e muita responsabilidade. É minha principal referência profissional, o que não interfere em minha busca pelo meu próprio caminho. Tem sido assim há 15 anos, e sempre será.

BLOG ESQ. INT.: A carreira de seu pai no jornalismo o influenciou na hora de escolher sua profissão? Esse fato abriu-lhe portas?

ANDRÉ KFOURI: Foi uma influência indireta. Meu pai nunca me disse que gostaria que eu fosse jornalista (aliás, uma vez, disse que preferia que não). Sempre tive liberdade total para escolher minha profissão. Só que, por motivos óbvios, eu fui influenciado pelo estilo de vida dele e pelo ambiente das redações, que frequentei desde que era criança. Tenho certeza de que aquilo me encantou, porque nunca tive dúvidas ou conflitos em relação a que caminho seguir. Eu sempre quis ser repórter esportivo de TV. Considero-me um privilegiado por ter descoberto, bem cedo, o que gostaria de fazer na vida. E mais ainda por conseguir fazer.

BLOG ESQ. INT.: Hoje você é um jornalista consagrado na TV fechada, tendo feito cobertura de Olimpíadas e Copas do Mundo. Pretende algum dia trabalhar na TV aberta como seu pai um dia trabalhou? Até que ponto essa experiência seria positiva para sua carreira?

ANDRÉ KFOURI: Obrigado pelo elogio, mas não me considero um jornalista consagrado. A estrada é muito longa. Tive, sim, ótimas oportunidades, das quais me orgulho. O jornalismo é uma carreira que ensina todos os dias. E sempre haverá pessoas mais experientes e melhores. Não há consagração nessa profissão. Sobre trabalhar em TV aberta, não creio que seja diferente. O que muda é o alcance, a repercussão. Mas meu negócio sempre foi o esporte e, enquanto eu puder escolher, isso não mudará. Desde que cheguei à ESPN, em 1995, já tive algumas oportunidades para sair. Só uma vez o convite me motivou, mas não o suficiente. A ESPN é um ótimo lugar para trabalhar, ainda mais agora que estou iniciando uma nova função ao apresentar o SportsCenter. Era um objetivo antigo, que felizmente se concretizou.

BLOG ESQ. INT.: Quais são suas funções nos canais ESPN? Você ainda trabalha com os esportes americanos?

ANDRÉ KFOURI: Apresento o SportsCenter, edição do meio-dia, de segunda a sexta. E continuo fazendo reportagens nos fins de semana e algumas coisas especiais. Também participo do “The Book is On the Table”, programa semanal que trata de MLB, NFL e NBA. Já fiz várias coberturas de NBA, fui a quatro edições do All-Star Game, e estive em duas edições do Super Bowl da NFL. Pretendo continuar trabalhando nessa área.

BLOG ESQ. INT.: De onde vem essa sua paixão por esportes americanos e por times de Nova York?

ANDRÉ KFOURI: Eu não gosto muito dessa expressão, “esportes americanos” (mas entendo perfeitamente seu uso). Acho que estamos todos no mesmo mundo, e sou apaixonado por esporte. Eu torço para os Yankees porque foi o time que me ensinou a gostar de beisebol e tem uma história incomparável. Dos Knicks, estou afastado temporariamente, por causa da péssima administração. Na verdade, eu gosto mesmo é de Nova York, uma cidade fantástica.

BLOG ESQ. INT.: O que te atrai no futebol americano? Voce acredita que esse esporte poderá, em alguns anos, se popularizar no Brasil? Está confiante que os Giants possam fazer uma boa temporada?

ANDRÉ KFOURI: É um esporte altamente estratégico, de conquista de território. Acho essa dinâmica interessante. Acho que pode se popularizar, sim. Isso já está acontecendo, com campeonatos bem organizados, times de diferentes estados. Tem sido legal ver esse crescimento. Os Giants têm um belo time, estarão nos playoffs.

BLOG ESQ. INT.: André Kfouri, o Blog do Esquadrão Interativo agradece sua atenção!

ANDRÉ KFOURI: Quem agradece sou eu. Um abraço a todos.

 

Bate-Bola com Mariana Brochado

mari1Mariana Brochado, 24 anos, natural do Rio de Janeiro, é ex-nadadora olímpica e atual comentarista dos canais Sportv. Entre suas principais conquistas estão as medalhas de bronze e prata nos jogos Pan-americanos de Santo Domingo, em 2003 e os diversos recordes sul-americanos alcançados. Nas Olimpíadas de Atenas em 2004, Mariana integrou a equipe do revezamento 4×200 que pela primeira vez na história chegou a uma final olímpica.

 

BLOG ESQ. INT.: Qual o principal motivo que te levou a abandonar as piscinas no início deste ano?

MARIANA BROCHADO: Foi uma decisão muito bem pensada e não foi de uma hora para outra. Desde 2006, já estava pensando em encerrar a minha carreira em 2008, fechando mais um ciclo olímpico. Fiquei dois anos amadurecendo essa idéia justamente para não ser um baque muito grande, já que foi uma coisa que fiz a minha vida toda e que foi a minha profissão durante 10 anos. Queria ter certeza que era isso mesmo que eu queria para não me arrepender depois, e acho que fiz tudo direitinho. Fui muito alem do que eu esperava. Tive o privilegio de participar de uma Olimpíada, na qual fomos finalistas no revezamento 4x200m livre, conquistei duas medalhas no Pan-americano de Santo Domingo, em 2003, participei de 3 mundiais na carreira, bati diversas vezes o recorde sul-americano nos 200 e 400m livre, enfim, tive uma carreira considerável e que me deu muitas alegrias. Sinto saudade das competições, mas daquela rotina desgastante de treinamento, não mais.

BLOG ESQ. INT.: Muito tem se falado a respeito de sua beleza, Mariana. Pretende algum dia seguir carreira artística ou você continuará no “mundo das piscinas”?

MARIANA BROCHADO: Acho que não levo muito jeito para seguir uma carreira artística, não tenho o dom para isso e não tem muito a ver comigo também não. Prefiro continuar ligada aos esportes, de certa forma. Estou trabalhando no Sportv não só como comentarista de natação, mas como produtora da modalidade também. Estou muito feliz, aprendendo diariamente e continuo ligada ao esporte que amo. Espero continuar contribuindo para a evolução e divulgação da natação, só que agora, fora das piscinas.

BLOG ESQ. INT.: Dentre todas as medalhas conquistadas e recordes batidos, qual(s) aquele(s) que você considera mais importante? Por quê?

MARIANA BROCHADO: É difícil escolher medalhas e recordes mais importantes, pois cada um teve a sua historia ate chegar aquele momento, mas meu primeiro recorde sul-americano, em 2002, na prova dos 200m livre, as medalhas de prata e bronze conquistadas no Pan de Santo Domingo, em 2003 e a final olímpica em Atenas foram momentos mágicos para mim e que nunca irei esquecer. Penso que vários atletas queriam estar no meu lugar, queriam estar representando seu país e estar subindo ao pódio, mas são poucos que conseguem esse feito. Tive o privilegio e a honra de fazer parte da historia da natação feminina do Brasil e espero ter contribuído um pouco para a evolução do nosso esporte, principalmente, incentivando algumas meninas a buscarem seu sonho dentro das piscinas mundo a fora.

BLOG ESQ. INT.: Em sua opinião, o Brasil está vivendo a melhor fase na natação em toda a história? Por quê?

MARIANA BROCHADO: Acho que esse é um dos principais momentos da natação brasileira. Desde 2007, crescemos muito com o Thiago Pereira e, logo em seguida, com o Cesar Cielo. O que o Cielo vem fazendo é uma coisa excepcional. Ele já conquistou todos os títulos que um atleta poderia querer: campeão pan-americano, mundial, olímpico e recordista mundial. Nenhum outro nadador da historia do Brasil conseguiu esse feito e ele está fazendo sua parte, não só dentro d´agua, mas fora também, divulgando ainda mais a natação pelo país e tentando descobrir novos talentos, principalmente para Rio 2016. Esse é o melhor momento da natação, mas todos os outros nadadores que o Brasil já teve tiveram contribuição para que chegássemos a esse momento, como Rogério Romero, Fernando Scherer, Ricardo Prado, Gustavo Borges, entre muitos outros. Tanto é verdade isso, que o Cesão sempre teve como ídolo o Gustavo Borges, o que o fez querer ser igual ou ate mesmo melhor que seu próprio ídolo. Essa figura de se ter ídolos nas modalidades é muito importante para que as crianças se espelhem e, quem sabe, não sejam os próximos ídolos do país.

BLOG ESQ. INT.: As Olimpíadas no Rio em 2016 será o momento ideal para o Brasil até lá consolidar-se como uma potência mundial de natação? Você acredita que isso possa acontecer?

MARIANA BROCHADO: Acho que não só na natação, mas em muitos esportes. Hoje, a natação é o terceiro esporte nacional e temos muito que crescer ainda. Ter uma Olimpíada sendo realizada dentro do nosso país é um privilegio e tanto e não podemos deixar essa oportunidade passar. Temos que fazer o nosso melhor. Talvez não seja o melhor, mas que seja o nosso melhor. Temos 7 anos pela frente para nos desenvolvermos, incentivarmos, apoiarmos nossos atletas de hoje e as futuras promessas que poderão estar na seleção em 2016. Muita coisa precisa ser feita, mas acredito que teremos muito sucesso dentro de casa.

BLOG ESQ. INT.: Além de César Cielo e Thiago Pereira, quais outros nadadores você acredita ter um futuro promissor nas piscinas?

MARIANA BROCHADO: Kaio Márcio, Gabriella Silva, Joanna Maranhão, Daynara de Paula, Júlia Gerotto, Alessandra Marchioro, enfim, poderia ficar horas escrevendo diversos nomes que tem muito potencial e vontade para conquistar diversos títulos para o nosso país.

BLOG ESQ. INT.: E finalizando, gosta de futebol? Se sim, qual seu time de coração?

MARIANA BROCHADO: Eu gosto de futebol sim e sou flamenguista doente!!!! Torço muito, vou ao Maracanã torcer de pertinho e apoiar meu time para muitas e muitas vitorias.  

BLOG ESQ. INT.: Mariana, o Blog do Esquadrão Interativo agradece sua atenção! Obrigado!

MARIANA BROCHADO: Obrigado pela oportunidade Rodrigo, espero que gostem!

 

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Na próxima semana, participação de André Kfouri, jornalista esportivo dos canais ESPN e filho do consagrado Juca Kfouri.

Bate-Bola com Mariana Brochado

outubro 29, 2009 4 comentários
Mariana Brochado, 24 anos, natural do Rio de Janeiro, é ex-nadadora olímpica e atual comentarista dos canais Sportv. Entre suas principais conquistas estão as medalhas de bronze e prata nos jogos Pan-americanos de Santo Domingo, em 2003 e os diversos recordes sul-americanos alcançados. Nas Olimpíadas de Atenas em 2004, Mariana integrou a equipe do revezamento 4×200 que pela primeira vez na história chegou a uma final olímpica.

BLOG ESQ. INT.: Qual o principal motivo que te levou a abandonar as piscinas no início deste ano?

MARIANA BROCHADO: Foi uma decisão muito bem pensada e não foi de uma hora para outra. Desde 2006, já estava pensando em encerrar a minha carreira em 2008, fechando mais um ciclo olímpico. Fiquei dois anos amadurecendo essa idéia justamente para não ser um baque muito grande, já que foi uma coisa que fiz a minha vida toda e que foi a minha profissão durante 10 anos. Queria ter certeza que era isso mesmo que eu queria para não me arrepender depois, e acho que fiz tudo direitinho. Fui muito alem do que eu esperava. Tive o privilegio de participar de uma Olimpíada, na qual fomos finalistas no revezamento 4x200m livre, conquistei duas medalhas no Pan-americano de Santo Domingo, em 2003, participei de 3 mundiais na carreira, bati diversas vezes o recorde sul-americano nos 200 e 400m livre, enfim, tive uma carreira considerável e que me deu muitas alegrias. Sinto saudade das competições, mas daquela rotina desgastante de treinamento, não mais.
BLOG ESQ. INT.: Muito tem se falado a respeito de sua beleza, Mariana. Pretende algum dia seguir carreira artística ou você continuará no “mundo das piscinas”?
MARIANA BROCHADO: Acho que não levo muito jeito para seguir uma carreira artística, não tenho o dom para isso e não tem muito a ver comigo também não. Prefiro continuar ligada aos esportes, de certa forma. Estou trabalhando no Sportv não só como comentarista de natação, mas como produtora da modalidade também. Estou muito feliz, aprendendo diariamente e continuo ligada ao esporte que amo. Espero continuar contribuindo para a evolução e divulgação da natação, só que agora, fora das piscinas.
BLOG ESQ. INT.: Dentre todas as medalhas conquistadas e recordes batidos, qual(s) aquele(s) que você considera mais importante? Por quê?
MARIANA BROCHADO: É difícil escolher medalhas e recordes mais importantes, pois cada um teve a sua historia ate chegar aquele momento, mas meu primeiro recorde sul-americano, em 2002, na prova dos 200m livre, as medalhas de prata e bronze conquistadas no Pan de Santo Domingo, em 2003 e a final olímpica em Atenas foram momentos mágicos para mim e que nunca irei esquecer. Penso que vários atletas queriam estar no meu lugar, queriam estar representando seu país e estar subindo ao pódio, mas são poucos que conseguem esse feito. Tive o privilegio e a honra de fazer parte da historia da natação feminina do Brasil e espero ter contribuído um pouco para a evolução do nosso esporte, principalmente, incentivando algumas meninas a buscarem seu sonho dentro das piscinas mundo a fora.
BLOG ESQ. INT.: Em sua opinião, o Brasil está vivendo a melhor fase na natação em toda a história?
MARIANA BROCHADO: Acho que esse é um dos principais momentos da natação brasileira. Desde 2007, crescemos muito com o Thiago Pereira e, logo em seguida, com o Cesar Cielo. O que o Cielo vem fazendo é uma coisa excepcional. Ele já conquistou todos os títulos que um atleta poderia querer: campeão pan-americano, mundial, olímpico e recordista mundial. Nenhum outro nadador da historia do Brasil conseguiu esse feito e ele está fazendo sua parte, não só dentro d´agua, mas fora também, divulgando ainda mais a natação pelo país e tentando descobrir novos talentos, principalmente para Rio 2016. Esse é o melhor momento da natação, mas todos os outros nadadores que o Brasil já teve tiveram contribuição para que chegássemos a esse momento, como Rogério Romero, Fernando Scherer, Ricardo Prado, Gustavo Borges, entre muitos outros. Tanto é verdade isso, que o Cesão sempre teve como ídolo o Gustavo Borges, o que o fez querer ser igual ou ate mesmo melhor que seu próprio ídolo. Essa figura de se ter ídolos nas modalidades é muito importante para que as crianças se espelhem e, quem sabe, não sejam os próximos ídolos do país.
BLOG ESQ. INT.: As Olimpíadas no Rio em 2016 será o momento ideal para o Brasil até lá consolidar-se como uma potência mundial de natação? Você acredita que isso possa acontecer?
MARIANA BROCHADO: Acho que não só na natação, mas em muitos esportes. Hoje, a natação é o terceiro esporte nacional e temos muito que crescer ainda. Ter uma Olimpíada sendo realizada dentro do nosso país é um privilegio e tanto e não podemos deixar essa oportunidade passar. Temos que fazer o nosso melhor. Talvez não seja o melhor, mas que seja o nosso melhor. Temos 7 anos pela frente para nos desenvolvermos, incentivarmos, apoiarmos nossos atletas de hoje e as futuras promessas que poderão estar na seleção em 2016. Muita coisa precisa ser feita, mas acredito que teremos muito sucesso dentro de casa.
BLOG ESQ. INT.: Além de César Cielo e Thiago Pereira, quais outros nadadores você acredita ter um futuro promissor nas piscinas?

MARIANA BROCHADO: Kaio Márcio, Gabriella Silva, Joanna Maranhão, Daynara de Paula, Júlia Gerotto, Alessandra Marchioro, enfim, poderia ficar horas escrevendo diversos nomes que tem muito potencial e vontade para conquistar diversos títulos para o nosso país.

BLOG ESQ. INT.: E finalizando, gosta de futebol? Se sim, qual seu time de coração?
MARIANA BROCHADO: Eu gosto de futebol sim e sou flamenguista doente!!!! Torço muito, vou ao Maracanã torcer de pertinho e apoiar meu time para muitas e muitas vitorias.
BLOG ESQ. INT.: Mariana, o Blog do Esquadrão Interativo agradece sua atenção! Obrigado!
MARIANA BROCHADO: Obrigado pela oportunidade Rodrigo, espero que gostem!
Na próxima semana, participação de André Kfouri, jornalista esportivo dos canais ESPN e filho do consagrado Juca Kfouri.
Fotos da linda Mariana Brochado

Bate-Bola com Jota Júnior

outubro 23, 2009 5 comentários
Conforme o prometido. Bate-Bola extra com Jota Júnior.

José Franciscangelis Júnior, 60 anos, natural de Americana – SP. Trabalhou na Rede Bandeirantes de Rádio e TV durante 19 anos. Fez parte da equipe SHOW DO ESPORTE, juntamente com Luciano do Valle, que visava à popularização de alguns esportes no Brasil. Desde 1999 é um dos principais narradores dos canais Sportv e PFC.


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BLOG ESQ. INT.: Bom dia Jota, qual a maior dificuldade em narrar futebol?
JOTA JR.: Bom dia, Rodrigo. Eu não diria dificuldade, mas a preocupação maior é ser fiel às imagens e estar sempre muito atento na interpretação dos lances. Seguir todo o esquema comercial e diretrizes da empresa são também fatores que nos prendem a atenção. Estar informado sobre tudo o que envolve o acontecimento é super importante.

BLOG ESQ. INT.: A vida de narrador é um corre-corre tremendo. Sobra tempo para a família, lazer, diversão?

JOTA JR.: Realmente a nossa vida é corrida, mas com o tempo a gente se acostuma e a família também. Sabendo se programar, dá sim para usufruir do ambiente familiar e programar alguns passeios.

BLOG ESQ. INT.: Desta nova safra de narradores, você destacaria algum com um bom potencial?

JOTA JR.: Há muitos nomes surgindo com a expansão dos canais de televisão. Ouço narradores que são boas promessas e que certamente crescerão no meio. Não citarei nomes, pois poderia esquecer alguns, mas a qualidade da nova geração é muito boa. Estou gostando.

BLOG ESQ. INT.: Por trabalhar em uma emissora de TV fechada, você não sente falta de um reconhecimento maior por parte do público como seria na TV aberta? Ou isso não existe e o reconhecimento é o mesmo?

JOTA JR.: Todos gostamos da repercussão de nossos trabalhos, em qualquer meio, mas sinceramente não me escravizo com isso. Aprecio as observações, positivas ou negativas, a respeito do meu trabalho, mas sigo fazendo as minhas tarefas apenas preocupado em fazer bem. A repercussão de audiência das tevês abertas é muito maior, é verdade, mas sinto que os canais fechados crescem alucinantemente.

BLOG ESQ. INT.: Provavelmente você já narrou eventos sem estar presente no local. Para um narrador isso é vantajoso por não ter que enfrentar uma viagem ou o mesmo necessita do “calor” do local do evento para enriquecer sua narração?

JOTA JR.: Sobre o trabalho off-tube eu diria que é algo que engessa o narrador. Estar no ginásio ou no estádio é que dá o clima favorável a um bom desempenho do relator. Já fiz muitas transmissões via estúdio, mas não se compara com o estar no palco do evento. Meu desempenho, por exemplo, sinto que no local é muito melhor. É mais cômodo, é claro, mais confortável ( pois nossos estádios são terríveis em acomodar a imprensa ) porém não deixa o profissional à vontade.

BLOG ESQ. INT.: Finalizando Jota, você acredita que a melhor solução para o enriquecimento do futebol brasileiro seja realmente a adequação ao molde europeu tanto no quesito calendário como administração? Por quê?

JOTA JR.: Sinceramente, dá na mesma. Tanto faz mudar ou não mudar. Na verdade, a gente se habitua a todas as novidades e mudanças. Os melhores atletas a gente vai continuar perdendo, da mesma forma, pois nosso mercado é ainda inferior ao de lá de fora. Lá fora, tirando os clubes organizados e que faturam licitamente, há muita grana que precisa ser lavada e aí é que perdemos os garotos que aqui despontam. Os magnatas vão continuar contratando, mudemos ou não o calendário daqui.

BLOG ESQ. INT.: Jota Jr. o Blog do Esquadrão Interativo agradece sua atenção! Obrigado!

JOTA JR.: Eu é que agradeço pela oportunidade, Rodrigo e amigos. Cada vez mais sucesso pra vocês. Abraços.
No próximo Bate-Bola, sempre às quintas, participação da lindíssima Mariana Brochado, ex-nadadora e comentarista Sportv.

Bate-Bola com Neto

outubro 22, 2009 4 comentários

José Ferreira Neto, atualmente comentarista esportivo da Rede Bandeirantes e rádio Transamérica, é natural de Santo Antonio de Posse, interior de São Paulo. Ex-jogador de futebol teve passagens por 12 clubes de futebol e também seleção brasileira. No Corinthians teve maior destaque, sendo um dos principais responsáveis pelo título brasileiro de 1990. Ao todo na carreira foram 470 jogos, com 184 gols marcados. Devido a problemas de peso e freqüentes lesões no tornozelo foi obrigado a encerrar a carreira relativamente jovem, aos 33 anos, em 1999.

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BLOG ESQ. INT.: Neto, como é pra você ser considerado pela mídia como um dos maiores e mais promissores comentaristas da TV brasileira?

NETO: É um motivo de muito orgulho. Até porque é algo praticamente inédito pra um caipira que estudou muito pouco quando criança. Estou agora depois de velho tentando me aperfeiçoar nesta nova carreira. Faço aulas de português e de fonoaudiologia.

BLOG ESQ. INT.: Pretende algum dia trabalhar em um clube de futebol, como diretor, dirigente ou técnico?
NETO: Pretendo me candidatar à presidência do Corinthians em 2018.
BLOG ESQ. INT.: Você acha que o torcedor brasileiro hoje é carente de ídolos?

NETO: Acho sim. Até porque o jogador nem fica muito tempo no clube para ganhar esse status.
BLOG ESQ. INT.: Você acompanha algum campeonato nacional europeu?

NETO: Ultimamente tenho visto mais o inglês e o italiano. Mas acompanho a Liga dos Campeões toda rodada.
BLOG ESQ. INT.: O que você acha de emissoras como a BAND e a TV Esporte Interativo que trazem as melhores competições internacionais de futebol à população carente, que não têm condições de ter uma TV por assinatura?

NETO: Isso é muito importante para popularizar ainda mais o futebol de outros países. E cai na discussão sobre ídolos. De repente é a forma que o torcedor tem de seguir assistindo aquele jogador que ele admirava no clube dele.
BLOG ESQ. INT.: Neto, o Blog do Esquadrão Interativo agradece sua atenção. Obrigado!

NETO: Imagine, Rodrigo. É sempre um grande prazer falar sobre futebol. Continuem fazendo sucesso!
Amanhã, devido às poucas palavras do Neto de hoje, postaremos um super “Bate-Bola” extra com o narrador dos canais Sportv, Jota Júnior. E na próxima semana, participação da lindíssima Mariana Brochado, ex-nadadora e atual comentarista Sportv.

Bate-Bola com Mauro Beting

outubro 15, 2009 7 comentários

Mauro Alexandre Zioni Beting é jornalista esportivo há quase 20 anos. Formado em Direito na USP e em jornalismo na FIAM o polivalente Mauro já foi comentarista da Rádio Gazeta, Sportv e Rede Record. Atualmente trabalha na Rede Bandeirantes (rádio e TV), no Grupo O Lance! (rádio, TV e blog) além de BandSports e TV Esporte Interativo.


BLOG ESQ. INT.: Bom dia Mauro. É verdade que você fez curso de arbitragem de futebol e curso para ser treinador?

MAURO BETING: Olá, Rodrigo e galera do blog. Obrigado pela atenção e carinho. De fato, como o nosso Henrique Marques, também fiz curso de arbitragem, em 1995, na Federação Paulista, e um curso de treinador. Não para ser técnico ou árbitro. Mas para ser xingado melhor… Falando um pouco sério, é mais uma tentativa de tentar entender o outro lado do jogo. É tarefa básica de qualquer jornalista tentar ser plural, isento, objetivo. Para poder analisar um treinador, um árbitro, por que não tentar – na teoria – entender o lado dele, a visão dele? Toda formação é válida para aprender a não deformar a opinião e a informação.

BLOG ESQ. INT.: Se sim, por que não seguiu carreira como árbitro ou técnico? Pretende algum dia exercer alguma dessas funções?

MAURO BETING: Rodrigo, nunca quis ser árbitro. Treinador seria interessante. Mas já sou suficientemente louco. Se já levava baile de meus alunos de Jornalismo e dos meus dois filhos, seria jantado por qualquer time sub-2. Sou muito “bonzinho” (logo, ruinzão) para comandar uns marmanjos.

BLOG ESQ. INT.: É difícil conciliar o seu trabalho na TV, no rádio, no jornal e na internet?

MAURO BETING: É muito trabalho, é muito emprego. Hoje, fora livros e palestras e apresentação de eventos, são dez empregos. Mas é muita diversão. Sou pago para ver, falar e escrever futebol. Me pagam para fazer o que faria de graça. Pagaria a conta de cada impagável “Papo com Mauro” só para ouvir gente da bola falando de futebol. Pagaria para ver o que recebo pela antena do Esporte Interativo. O que cansa não é o excesso de trabalho, o que chateia são tarefas chatas. O que preocupa não é o excesso de trampo, é a falta dele. Sou um privilegiado. Ainda mais por trampar há quatro anos com a turma da Topsports e Esporte Interativo. Por eles visto sempre a camisa.

BLOG ESQ. INT.: Você prefere trabalhar com o futebol nacional ou o estrangeiro? Por quê?

MAURO BETING: Prefiro o futebol. Detesto clubismos, bairrismos, patriotismos, estrangeirismos e xenofobismos. Se o jogo é bom, não tem pátria. Mas como gosto da história do jogo, não posso não louvar a bola brasileira. Embora ame de paixão a Argentina. Respeito a antologia uruguaia. Torço de berço por Itália e Alemanha. Cresci amando a Laranja Mecânica. Venero a Hungria (aliás, quase todas essas seleções estarão no meu próximo livro). Respeito a Inglaterra. A França. Espanha. Enfim, coração de mãe e de torcedor é igual. Sempre cabe mais um. Para mim, curto futebol, ponto. Não vejo distinção no trabalho. Mas é evidente que é mais fácil falar do futebol internacional. Posso detonar ou elogiar com maior isenção. Não tenho time em outros países. Aliás, tenho: na Itália sou Palestra; na Alemanha sou Palmeiras. Assim como em Vanuatu.

BLOG ESQ. INT.: Para finalizar Mauro, na sua opinião Messi ou Cristiano Ronaldo?

MAURO BETING: Na pelada? Ronaldo: faz mais gol. No meu time do coração? Messi – não é tão marrento. Se fosse treinador? Humm…. Ronaldo. Mais decisivo. Como comentarista? Messi. É mais bonito de ver jogar.
Falei, falei, mas não respondi. Acho ótima a definição de Djalma Santos a respeito de Pelé e Garrincha: “quando o meu time estiver perdendo, quero o Pelé nele; quando estiver ganhando, escalo o Garrincha”. Adaptando à questão, com derrota ou empate, vou com Cristiano. Ganhando é com Messi.

BLOG ESQ. INT.: Mauro Beting o Blog do Esquadrão Interativo agradece sua atenção!

MAURO BETING: Foi um prazer bater bola com vocês.

No próximo “Bate-Bola”, participação do “Craque Neto” da rede Bandeirantes. Entre outras coisas ele revela o desejo de ser presidente do Corinthians em 2018.