Bate-Bola com Maurício Noriega
Maurício Noriega, jornalista esportivo brasileiro, formado na Universidade Casper Líbero, São Paulo. Teve importantes passagens em veículos de imprensa como Folha da Tarde, A Gazeta Esportiva, Diário Popular, SportsJá, O LANCE! E Rádio Bandeirantes. Por três vezes consecutivas foi ganhador do prêmio Ford/Aceesp como melhor comentarista esportivo do país. Atualmente trabalha nos canais SPORTV e PFC além do Bom dia São Paulo, da TV Globo. Também é escritor.
BLOG ESQ. INT.: Bom dia Maurício, você atribui à sua base na mídia impressa um fator essencial para ter se dado bem na TV? Até que ponto ter trabalhado em jornais e rádio contribuiu para seu futuro ingresso na mídia televisiva?
MAURÍCIO NORIEGA: Sem dúvida. O jornal é fundamental para formar um bom jornalista, é o berço de tudo. Claro que há bons jornalistas que nunca trabalharam em jornal, mas o Jornalismo começou no impresso, é o berço.
BLOG ESQ. INT.: O fato de seu pai, Luiz Noriega, ter sido narrador o influenciou na hora da escolha pelo jornalismo? Qual foi o maior aprendizado que teve com ele?
MAURÍCIO NORIEGA: Sempre aprendi muito com meu pai, aprendo até hoje. Talvez por ter ido com ele, desde muito cedo, a vários eventos esportivos, eu tenha aprendido a gostar de esporte, fui atleta, então isso teve um impacto decisivo. Como jornalista meu pai é um mestre para mim, tem o total domínio da profissão em todas as suas nuances.
BLOG ESQ. INT.: Você é escritor, editor, apresentador, comentarista. Nunca pensou em seguir os passos de seu pai, narrando eventos esportivos? Teria vontade?
MAURÍCIO NORIEGA: Até tive vontade, mas não tenho talento. Narradores são gênios, são artistas. É preciso ser muito, muito corajoso e muito bom para narrar um evento esportivo. Fora isso, não tenho a voz maravilhosa que meu pai tem. Mas um dia gostaria de gravar uma fita de uma narração minha para ver como fica. Tenho medo do resultado. rsrsr
BLOG ESQ. INT.: A vida de repórter e comentarista é um corre-corre e tanto. Sobra tempo para família e lazer? E quando bate aquela saudade de casa?
MAURÍCIO NORIEGA: Sobra bem menos do que eu gostaria que sobrasse. É muito difícil para quem, como eu, tem filhos pequenos. A saudade de casa é diária, permanente. É preciso aproveitar cada segundo e muitas vezes eu penso se realmente vale a pena. Por enquanto está valendo.
BLOG ESQ. INT.: Em sua opinião, o futebol brasileiro hoje é mal aproveitado, financeiramente falando? Uma imitação aos moldes do futebol europeu seria a melhor saída?
MAURÍCIO NORIEGA: É muitíssimo mal administrado em todos os níveis, com raríssimas exceções. O Brasil tem que encontrar o seu modelo, não adianta copiar a Europa. Somos um País com características muito diferentes das dos países europeus. Inclusive acho uma grande besteira adequar nosso calendário ao europeu. São hemisférios diferentes, climas diferentes. O futebol faz parte do dia-a-dia do País, não pode funcionar no relógio europeu. Temos que fazer um futebol para o Brasil, não imitar os europeus.
BLOG ESQ. INT.: Qual seu time de coração Maurício? O que você acha de jornalistas clubistas?
MAURÍCIO NORIEGA: Quando se está trabalhando só se tem um time do coração: o da emissora. Quem é profissional de verdade age assim. Torcer por um time não tem problema, só não se pode torcer quando se está trabalhando. Não posso afirmar que alguém faça isso, mas cada um tem seu estilo. Hoje há muito mais entretenimento que Jornalismo.
BLOG ESQ. INT.: Maurício, o Blog do Esquadrão Interativo agradece sua atenção!
MAURÍCIO NORIEGA: Muito obrigado pela oportunidade, Rodrigo. Abraços a todos.
Bate-Bola com André Kfouri
André Kfouri, jornalista esportivo desde 1993. Começou sua carreira na Rádio Jovem Pan e logo depois foi contratado pelos canais ESPN. Já cobriu 3 Olimpíadas, 2 Copas do Mundo, 4 edições do All Star Game da NBA, 2 Super Bowl da NFL e ainda uma final de Champions League. Atualmente é apresentador do Sports Center, programa diário de esportes da ESPN BRASIL, repórter de campo e também tem uma coluna no diário O LANCE! É filho do consagrado jornalista esportivo brasileiro, Juca Kfouri.
BLOG ESQ. INT.: Bom dia André, como é ser filho de um dos maiores jornalistas esportivos do país? Você se espelha nele em quais aspectos?
ANDRÉ KFOURI: É motivo de muito orgulho e muita responsabilidade. É minha principal referência profissional, o que não interfere em minha busca pelo meu próprio caminho. Tem sido assim há 15 anos, e sempre será.
BLOG ESQ. INT.: A carreira de seu pai no jornalismo o influenciou na hora de escolher sua profissão? Esse fato abriu-lhe portas?
ANDRÉ KFOURI: Foi uma influência indireta. Meu pai nunca me disse que gostaria que eu fosse jornalista (aliás, uma vez, disse que preferia que não). Sempre tive liberdade total para escolher minha profissão. Só que, por motivos óbvios, eu fui influenciado pelo estilo de vida dele e pelo ambiente das redações, que frequentei desde que era criança. Tenho certeza de que aquilo me encantou, porque nunca tive dúvidas ou conflitos em relação a que caminho seguir. Eu sempre quis ser repórter esportivo de TV. Considero-me um privilegiado por ter descoberto, bem cedo, o que gostaria de fazer na vida. E mais ainda por conseguir fazer.
BLOG ESQ. INT.: Hoje você é um jornalista consagrado na TV fechada, tendo feito cobertura de Olimpíadas e Copas do Mundo. Pretende algum dia trabalhar na TV aberta como seu pai um dia trabalhou? Até que ponto essa experiência seria positiva para sua carreira?
ANDRÉ KFOURI: Obrigado pelo elogio, mas não me considero um jornalista consagrado. A estrada é muito longa. Tive, sim, ótimas oportunidades, das quais me orgulho. O jornalismo é uma carreira que ensina todos os dias. E sempre haverá pessoas mais experientes e melhores. Não há consagração nessa profissão. Sobre trabalhar em TV aberta, não creio que seja diferente. O que muda é o alcance, a repercussão. Mas meu negócio sempre foi o esporte e, enquanto eu puder escolher, isso não mudará. Desde que cheguei à ESPN, em 1995, já tive algumas oportunidades para sair. Só uma vez o convite me motivou, mas não o suficiente. A ESPN é um ótimo lugar para trabalhar, ainda mais agora que estou iniciando uma nova função ao apresentar o SportsCenter. Era um objetivo antigo, que felizmente se concretizou.
BLOG ESQ. INT.: Quais são suas funções nos canais ESPN? Você ainda trabalha com os esportes americanos?
ANDRÉ KFOURI: Apresento o SportsCenter, edição do meio-dia, de segunda a sexta. E continuo fazendo reportagens nos fins de semana e algumas coisas especiais. Também participo do “The Book is On the Table”, programa semanal que trata de MLB, NFL e NBA. Já fiz várias coberturas de NBA, fui a quatro edições do All-Star Game, e estive em duas edições do Super Bowl da NFL. Pretendo continuar trabalhando nessa área.
BLOG ESQ. INT.: De onde vem essa sua paixão por esportes americanos e por times de Nova York?
ANDRÉ KFOURI: Eu não gosto muito dessa expressão, “esportes americanos” (mas entendo perfeitamente seu uso). Acho que estamos todos no mesmo mundo, e sou apaixonado por esporte. Eu torço para os Yankees porque foi o time que me ensinou a gostar de beisebol e tem uma história incomparável. Dos Knicks, estou afastado temporariamente, por causa da péssima administração. Na verdade, eu gosto mesmo é de Nova York, uma cidade fantástica.
BLOG ESQ. INT.: O que te atrai no futebol americano? Voce acredita que esse esporte poderá, em alguns anos, se popularizar no Brasil? Está confiante que os Giants possam fazer uma boa temporada?
ANDRÉ KFOURI: É um esporte altamente estratégico, de conquista de território. Acho essa dinâmica interessante. Acho que pode se popularizar, sim. Isso já está acontecendo, com campeonatos bem organizados, times de diferentes estados. Tem sido legal ver esse crescimento. Os Giants têm um belo time, estarão nos playoffs.
BLOG ESQ. INT.: André Kfouri, o Blog do Esquadrão Interativo agradece sua atenção!
ANDRÉ KFOURI: Quem agradece sou eu. Um abraço a todos.
Bate-Bola com Mariana Brochado
Mariana Brochado, 24 anos, natural do Rio de Janeiro, é ex-nadadora olímpica e atual comentarista dos canais Sportv. Entre suas principais conquistas estão as medalhas de bronze e prata nos jogos Pan-americanos de Santo Domingo, em 2003 e os diversos recordes sul-americanos alcançados. Nas Olimpíadas de Atenas em 2004, Mariana integrou a equipe do revezamento 4×200 que pela primeira vez na história chegou a uma final olímpica.
BLOG ESQ. INT.: Qual o principal motivo que te levou a abandonar as piscinas no início deste ano?
MARIANA BROCHADO: Foi uma decisão muito bem pensada e não foi de uma hora para outra. Desde 2006, já estava pensando em encerrar a minha carreira em 2008, fechando mais um ciclo olímpico. Fiquei dois anos amadurecendo essa idéia justamente para não ser um baque muito grande, já que foi uma coisa que fiz a minha vida toda e que foi a minha profissão durante 10 anos. Queria ter certeza que era isso mesmo que eu queria para não me arrepender depois, e acho que fiz tudo direitinho. Fui muito alem do que eu esperava. Tive o privilegio de participar de uma Olimpíada, na qual fomos finalistas no revezamento 4x200m livre, conquistei duas medalhas no Pan-americano de Santo Domingo, em 2003, participei de 3 mundiais na carreira, bati diversas vezes o recorde sul-americano nos 200 e 400m livre, enfim, tive uma carreira considerável e que me deu muitas alegrias. Sinto saudade das competições, mas daquela rotina desgastante de treinamento, não mais.
BLOG ESQ. INT.: Muito tem se falado a respeito de sua beleza, Mariana. Pretende algum dia seguir carreira artística ou você continuará no “mundo das piscinas”?
MARIANA BROCHADO: Acho que não levo muito jeito para seguir uma carreira artística, não tenho o dom para isso e não tem muito a ver comigo também não. Prefiro continuar ligada aos esportes, de certa forma. Estou trabalhando no Sportv não só como comentarista de natação, mas como produtora da modalidade também. Estou muito feliz, aprendendo diariamente e continuo ligada ao esporte que amo. Espero continuar contribuindo para a evolução e divulgação da natação, só que agora, fora das piscinas.
BLOG ESQ. INT.: Dentre todas as medalhas conquistadas e recordes batidos, qual(s) aquele(s) que você considera mais importante? Por quê?
MARIANA BROCHADO: É difícil escolher medalhas e recordes mais importantes, pois cada um teve a sua historia ate chegar aquele momento, mas meu primeiro recorde sul-americano, em 2002, na prova dos 200m livre, as medalhas de prata e bronze conquistadas no Pan de Santo Domingo, em 2003 e a final olímpica em Atenas foram momentos mágicos para mim e que nunca irei esquecer. Penso que vários atletas queriam estar no meu lugar, queriam estar representando seu país e estar subindo ao pódio, mas são poucos que conseguem esse feito. Tive o privilegio e a honra de fazer parte da historia da natação feminina do Brasil e espero ter contribuído um pouco para a evolução do nosso esporte, principalmente, incentivando algumas meninas a buscarem seu sonho dentro das piscinas mundo a fora.
BLOG ESQ. INT.: Em sua opinião, o Brasil está vivendo a melhor fase na natação em toda a história? Por quê?
MARIANA BROCHADO: Acho que esse é um dos principais momentos da natação brasileira. Desde 2007, crescemos muito com o Thiago Pereira e, logo em seguida, com o Cesar Cielo. O que o Cielo vem fazendo é uma coisa excepcional. Ele já conquistou todos os títulos que um atleta poderia querer: campeão pan-americano, mundial, olímpico e recordista mundial. Nenhum outro nadador da historia do Brasil conseguiu esse feito e ele está fazendo sua parte, não só dentro d´agua, mas fora também, divulgando ainda mais a natação pelo país e tentando descobrir novos talentos, principalmente para Rio 2016. Esse é o melhor momento da natação, mas todos os outros nadadores que o Brasil já teve tiveram contribuição para que chegássemos a esse momento, como Rogério Romero, Fernando Scherer, Ricardo Prado, Gustavo Borges, entre muitos outros. Tanto é verdade isso, que o Cesão sempre teve como ídolo o Gustavo Borges, o que o fez querer ser igual ou ate mesmo melhor que seu próprio ídolo. Essa figura de se ter ídolos nas modalidades é muito importante para que as crianças se espelhem e, quem sabe, não sejam os próximos ídolos do país.
BLOG ESQ. INT.: As Olimpíadas no Rio em 2016 será o momento ideal para o Brasil até lá consolidar-se como uma potência mundial de natação? Você acredita que isso possa acontecer?
MARIANA BROCHADO: Acho que não só na natação, mas em muitos esportes. Hoje, a natação é o terceiro esporte nacional e temos muito que crescer ainda. Ter uma Olimpíada sendo realizada dentro do nosso país é um privilegio e tanto e não podemos deixar essa oportunidade passar. Temos que fazer o nosso melhor. Talvez não seja o melhor, mas que seja o nosso melhor. Temos 7 anos pela frente para nos desenvolvermos, incentivarmos, apoiarmos nossos atletas de hoje e as futuras promessas que poderão estar na seleção em 2016. Muita coisa precisa ser feita, mas acredito que teremos muito sucesso dentro de casa.
BLOG ESQ. INT.: Além de César Cielo e Thiago Pereira, quais outros nadadores você acredita ter um futuro promissor nas piscinas?
MARIANA BROCHADO: Kaio Márcio, Gabriella Silva, Joanna Maranhão, Daynara de Paula, Júlia Gerotto, Alessandra Marchioro, enfim, poderia ficar horas escrevendo diversos nomes que tem muito potencial e vontade para conquistar diversos títulos para o nosso país.
BLOG ESQ. INT.: E finalizando, gosta de futebol? Se sim, qual seu time de coração?
MARIANA BROCHADO: Eu gosto de futebol sim e sou flamenguista doente!!!! Torço muito, vou ao Maracanã torcer de pertinho e apoiar meu time para muitas e muitas vitorias.
BLOG ESQ. INT.: Mariana, o Blog do Esquadrão Interativo agradece sua atenção! Obrigado!
MARIANA BROCHADO: Obrigado pela oportunidade Rodrigo, espero que gostem!
Na próxima semana, participação de André Kfouri, jornalista esportivo dos canais ESPN e filho do consagrado Juca Kfouri.
Bate-Bola com Mariana Brochado
BLOG ESQ. INT.: Qual o principal motivo que te levou a abandonar as piscinas no início deste ano?
MARIANA BROCHADO: Kaio Márcio, Gabriella Silva, Joanna Maranhão, Daynara de Paula, Júlia Gerotto, Alessandra Marchioro, enfim, poderia ficar horas escrevendo diversos nomes que tem muito potencial e vontade para conquistar diversos títulos para o nosso país.
Bate-Bola com Jota Júnior
BLOG ESQ. INT.: A vida de narrador é um corre-corre tremendo. Sobra tempo para a família, lazer, diversão?
BLOG ESQ. INT.: Desta nova safra de narradores, você destacaria algum com um bom potencial?
BLOG ESQ. INT.: Por trabalhar em uma emissora de TV fechada, você não sente falta de um reconhecimento maior por parte do público como seria na TV aberta? Ou isso não existe e o reconhecimento é o mesmo?
BLOG ESQ. INT.: Provavelmente você já narrou eventos sem estar presente no local. Para um narrador isso é vantajoso por não ter que enfrentar uma viagem ou o mesmo necessita do “calor” do local do evento para enriquecer sua narração?
BLOG ESQ. INT.: Finalizando Jota, você acredita que a melhor solução para o enriquecimento do futebol brasileiro seja realmente a adequação ao molde europeu tanto no quesito calendário como administração? Por quê?
BLOG ESQ. INT.: Jota Jr. o Blog do Esquadrão Interativo agradece sua atenção! Obrigado!
Bate-Bola com Neto
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Bate-Bola com Mauro Beting
BLOG ESQ. INT.: Bom dia Mauro. É verdade que você fez curso de arbitragem de futebol e curso para ser treinador?
BLOG ESQ. INT.: Se sim, por que não seguiu carreira como árbitro ou técnico? Pretende algum dia exercer alguma dessas funções?
BLOG ESQ. INT.: É difícil conciliar o seu trabalho na TV, no rádio, no jornal e na internet?
BLOG ESQ. INT.: Você prefere trabalhar com o futebol nacional ou o estrangeiro? Por quê?
BLOG ESQ. INT.: Para finalizar Mauro, na sua opinião Messi ou Cristiano Ronaldo?
Falei, falei, mas não respondi. Acho ótima a definição de Djalma Santos a respeito de Pelé e Garrincha: “quando o meu time estiver perdendo, quero o Pelé nele; quando estiver ganhando, escalo o Garrincha”. Adaptando à questão, com derrota ou empate, vou com Cristiano. Ganhando é com Messi.
BLOG ESQ. INT.: Mauro Beting o Blog do Esquadrão Interativo agradece sua atenção!
No próximo “Bate-Bola”, participação do “Craque Neto” da rede Bandeirantes. Entre outras coisas ele revela o desejo de ser presidente do Corinthians em 2018.